Como diria Steve Jobs, o conceito de design não é apenas sobre aparência, design é sobre função. Poucas pessoas percebem que muito mais que beleza, o design precisa ter utilidade. Ele entende o objetivo, a necessidade, o mercado, o negócio, o problema, o cliente e traduz tudo isso em valor de maneira estética e funcional.

Pode até parecer complicado, mas o design quanto mais simples, melhor. Como quase tudo na vida, ele evoluiu ao longo do tempo, conquistou o mundo e está presente em praticamente tudo que nos é útil no dia-a-dia.

Se o seu objetivo é entender melhor esse conceito e conhecer suas principais ramificações, está no lugar certo. Tenha uma ótima leitura!

Qual o conceito de design?

O bom design simplifica as coisas, melhora aspectos visuais, ergonomia, conforto, segurança e a experiência de uso de um produto. Essa é a principal função do design.

Como bem definiu Beat Schneider — autor do livro “O Design no contexto social, cultural e econômico” — design é a visualização criativa e sistemática das diferentes funções de objetos de uso e sua adequação às necessidades dos usuários.

Qual a função do design?

O design, em sua essência, tem a função de mediar a relação entre o ser humano e o mundo ao seu redor, buscando soluções criativas e inovadoras para atender às necessidades dos usuários e às demandas do mercado.

Por meio de uma série de princípios e ferramentas, o design visa otimizar a funcionalidade, a estética e a usabilidade de produtos, serviços, ambientes e interfaces, impactando positivamente a vida das pessoas.

Para ajudar você a entender melhor qual a função do design, veja quais são as suas principais categorias:

1. Função prática:

  • Atender às necessidades dos usuários: o design busca solucionar problemas reais e tangíveis, criando produtos e serviços que sejam eficientes, fáceis de usar e que atendam às expectativas dos usuários.
  • Melhorar a ergonomia e a segurança: o design ergonômico visa garantir que os produtos sejam confortáveis, seguros e adequados às características físicas e cognitivas dos usuários.
  • Otimizar a produção e o consumo: o design industrial busca otimizar os processos de produção, reduzindo custos e desperdícios, e garantindo a qualidade dos produtos finais.

2. Função estética:

  • Agregar valor visual e emocional: o design busca criar produtos e serviços que sejam visualmente atraentes, transmitindo uma mensagem clara e impactante, e despertando emoções positivas nos usuários.
  • Construir a identidade visual de marcas e empresas: o design gráfico é fundamental para a criação de logotipos, embalagens, websites e outros elementos que contribuem para a identidade visual de uma marca.
  • Promover a cultura e a expressão artística: o design pode ser utilizado para comunicar ideias, valores e sentimentos, promovendo a cultura e a expressão artística em diferentes contextos.

3. Função simbólica:

  • Comunicar mensagens e valores: o design pode ser utilizado para transmitir mensagens e valores de forma clara e eficaz, influenciando a percepção dos usuários sobre produtos, serviços e marcas.
  • Criar significado e identidade: o design pode contribuir para a construção da identidade de produtos, serviços e empresas, diferenciando-os no mercado e criando um significado único para os consumidores.
  • Promover a sustentabilidade e a responsabilidade social: o design pode ser utilizado para promover práticas sustentáveis e socialmente responsáveis, criando produtos e serviços que sejam ecologicamente corretos e que contribuam para o bem-estar da sociedade.

Em suma, o design é uma área multidisciplinar que atua em diversos setores da sociedade, para melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover o desenvolvimento sustentável.

Por meio da criatividade, da inovação e da aplicação de princípios técnicos e estéticos, o design busca soluções para os desafios do mundo contemporâneo, criando um futuro mais positivo e inclusivo para todos. Agora ficou mais claro qual a função do design?

Qual a trajetória do design na história?

O design tem uma história rica e diversificada, com diversos movimentos que moldaram sua evolução ao longo do tempo.

Desde o surgimento do design industrial no final do século XIX, passando pelo modernismo e a escola de Bauhaus, até os movimentos contemporâneos como o design sustentável e o design de experiência, cada um deles trouxe novas abordagens e perspectivas para a prática do design.

Compreender a história do design nos ajuda a entender sua importância e como ele permeia nossa vida diária. Foram vários movimentos artísticos que contribuíram para o design: do Art Nouveau ao Pop Art, porém, o que mais influenciou o conceito de design que conhecemos hoje foi Bauhaus. Esse foi o movimento que mais ajudou na compreensão de qual a função do design.

Quais os principais tipos do design?

O design é um universo fascinante que permeia nosso dia a dia, desde a embalagem do seu café matinal até a interface do seu smartphone. Essa força invisível se manifesta em diversos tipos e áreas, cada um com suas características e objetivos específicos.

A seguir, conheceremos os principais tipos de design, explorando sua história, ferramentas e aplicações. Prepare-se para conhecer:

  • o design gráfico, responsável pela comunicação visual impactante;
  • o design thinking, que busca soluções criativas para problemas do dia-a-dia;
  • o design de produto, que molda objetos funcionais e esteticamente agradáveis;
  • o design de moda, que traduz tendências em roupas e acessórios;
  • o design de interiores, que cria ambientes acolhedores e funcionais;
  • o design de experiência, que tece experiências memoráveis em diversos contextos.

Mas a jornada não termina aí! Mergulharemos em subáreas como design de games, design de serviços, design de embalagem e design sustentável, desvendando as nuances de cada especialidade.

Então, embarque conosco nessa viagem pelo mundo do design e descubra como essa área molda nosso mundo, desde o macro até o micro, com criatividade, funcionalidade e beleza.

Conceito de design gráfico

O design gráfico é primeira área reconhecida como design. Nele são trabalhados cores, imagens, formas, animações e diagramação de textos para comunicação visual, seja ela impressa ou digital.

Os principais exemplos de uso do design gráfico estão nos logotipos, cartões de visitas, banners, cartazes, apresentações, e-books, infográficos, entre outras peças gráficas, e até mesmo, em alguns — mas nem todos — dos memes que fazem sucesso na internet.

Conceito de design thinking

É uma abordagem do design que busca encontrar, de forma colaborativa, soluções criativas e inovadoras baseadas em problemas e necessidades reais do mercado.

Um dos cases de Design Thinking mais populares é o da GE Healthcare. Doug Dietz, designer responsável por melhorar a experiência das crianças que precisavam ser sedadas para fazer uma ressonância magnética, transformou os medonhos aparelhos utilizados para o exame, em verdadeiros cenários infantis cheios de cores e espírito de aventura.

O Design Thinking é uma metodologia inovadora que utiliza a criatividade e a colaboração para encontrar soluções eficazes para problemas reais do mercado. Mais do que uma simples ferramenta, o Design Thinking é uma filosofia que coloca o ser humano no centro do processo de desenvolvimento, priorizando suas necessidades e aspirações.

O processo imersivo do Design Thinking é constituido pelas etapas que veremos a seguir, elas expressam claramente qual é a função do design. Acompanhe:

  1. Empatia: a jornada começa com a imersão no universo do usuário, buscando entender seus sentimentos, motivações e frustrações. Através de pesquisas, entrevistas e observações, o designer se coloca no lugar do outro, desenvolvendo uma profunda empatia por suas necessidades;
  2. Definição: o problema é então definido de forma clara e concisa, com base nas informações coletadas na etapa anterior. É fundamental identificar a raiz do problema, evitando soluções superficiais que não atendam às necessidades reais dos usuários;
  3. Ideação: a criatividade floresce na etapa de ideação, onde a equipe gera uma grande quantidade de ideias sem se preocupar com a viabilidade inicial. Brainstorming, mind mapping e outras técnicas estimulam o pensamento divergente e a busca por soluções inovadoras;
  4. Prototipagem: as ideias mais promissoras são transformadas em protótipos simples e tangíveis, permitindo que a equipe visualize e teste as soluções antes de investir em um desenvolvimento completo. Essa etapa é crucial para identificar falhas e aperfeiçoar o design antes da implementação final;
  5. Teste: o protótipo é então testado com o público-alvo, coletando feedback e insights valiosos para aprimorar a solução. A etapa de teste é essencial para garantir que a solução atenda às necessidades dos usuários e seja eficaz na resolução do problema.

O conceito de Design Thinking engloba em sua essencia a solução de problemas, mas vi além disso, gerando uma série de benefícios aos usuários. Conheça alguns deles a seguir:

  • Inovação: o Design Thinking promove a busca por soluções inovadoras e fora da caixa, quebrando paradigmas e desafiando o status quo;
  • Centricidade no usuário: o foco no ser humano garante que as soluções sejam relevantes e atendam às reais necessidades dos usuários;
  • Colaboração: o trabalho em equipe multidisciplinar enriquece o processo criativo, proporcionando uma visão holística do problema e da solução;
  • Agilidade: a prototipagem e o teste rápido permitem que as soluções sejam validadas e aprimoradas de forma rápida e eficiente;
  • Redução de custos: a identificação e correção de falhas nas etapas iniciais do processo evita gastos desnecessários com desenvolvimento e implementação de soluções inadequadas.

O Design Thinking pode ser aplicado em diversos setores e áreas, como:

  • Negócios: desenvolvimento de novos produtos e serviços, aprimoramento da experiência do cliente, otimização de processos internos;
  • Educação: criação de métodos de ensino inovadores, personalização da aprendizagem, resolução de problemas de gestão escolar;
  • Saúde: desenvolvimento de soluções para melhorar a experiência do paciente, otimização de processos de atendimento, criação de novos dispositivos médicos;
  • Governo: criação de políticas públicas mais eficazes, desenvolvimento de serviços públicos mais eficientes, resolução de problemas sociais;
  • Terceiro Setor: desenvolvimento de soluções para problemas sociais, captação de recursos, gestão de projetos.

Retomando o caso da GE Healthcare, ele demonstra o poder transformador do Design Thinking e o quanto ele está conectado ao conceito de design de modo geral. Ao transformar os medonhos aparelhos de ressonância magnética em cenários infantis, Doug Dietz proporcionou uma experiência mais agradável e relaxante para as crianças, reduzindo o estresse e a ansiedade durante o exame.

Essa iniciativa inovadora demonstra como o Design Thinking pode ser utilizado para criar soluções que impactam positivamente a vida das pessoas, deixando bem clara qual é a função do design.

O Design Thinking é uma ferramenta poderosa que permite encontrar soluções inovadoras e eficazes para problemas reais do mercado. Através de um processo colaborativo e centrado no ser humano, o Design Thinking impulsiona a criatividade, a agilidade e a geração de soluções relevantes para os desafios do mundo contemporâneo.

O resultado foi que as crianças perderam o medo e passaram a se divertir durante o procedimento.

Conceito de design de moda

O conceito de design de moda transcende a mera criação de roupas e acessórios. É uma arte complexa que entrelaça estética, funcionalidade, cultura e expressão individual. Para entender qual a função do design de moda, basta imaginar que ele vai além da mera criação de roupas e acessórios, ele expressa identidades, comunica mensagens, impulsiona a economia, gera impacto social e empoderamento feminino.

O design de moda impacta diversos setores da sociedade, como a economia, a cultura e a indústria têxtil. Além de gerar emprego e renda, a moda também influencia comportamentos e contribui para a construção da identidade social.

O design de moda é uma área vibrante e em constante evolução. Através da criatividade, da técnica e da paixão, os designers de moda moldam o mundo que nos veste, expressando a beleza, a funcionalidade e a cultura de cada época.

Conceito de design de interiores

O designer de interiores é o profissional responsável por muito mais do que a beleza de um ambiente, sua missão está bem alinhada ao principal conceito de design, a funcionalidade. Cabe a ele aproveitar os espaços de um ambiente de forma útil, estética, ergonômica e sem desperdícios.

A exploração útil de pequenos espaços necessária em casas construídas com o reaproveitamento de containers é um case que ilustra bem a árdua tarefa dos designers de interiores.

Conceito de design de produtos

O design de produto vai além da mera criação de objetos. É uma força invisível que molda o mundo ao nosso redor, desde o mobiliário da casa até o carro que dirigimos, dos utensílios de cozinha aos equipamentos que usamos na academia, da luminária de cabeceira ao nosso smartphone.

Em cada objeto, reside um universo de decisões:

  • Funcionalidade: o design de produto garante que os objetos sejam fáceis de usar, eficientes e atendam às necessidades dos usuários;
  • Ergonomia: o design de produto busca a harmonia entre o objeto e o corpo humano, proporcionando conforto e segurança;
  • Estética: o design de produto combina cores, formas e materiais para criar objetos que sejam visualmente atraentes e transmitam uma mensagem;
  • Sustentabilidade: o design de produto busca minimizar o impacto ambiental dos objetos, utilizando materiais reciclados, reduzindo o consumo de energia e otimizando a produção.

O conceito de design de produto vai além da mera criação de objetos. É uma força invisível que molda o mundo ao nosso redor, desde o mobiliário da casa até o carro que dirigimos, dos utensílios de cozinha aos equipamentos que usamos na academia, da luminária de cabeceira ao nosso smartphone.

Em cada objeto, reside um universo de decisões:

  • Funcionalidade: o design de produto garante que os objetos sejam fáceis de usar, eficientes e atendam às necessidades dos usuários;
  • Ergonomia: o design de produto busca a harmonia entre o objeto e o corpo humano, proporcionando conforto e segurança;
  • Estética: o design de produto combina cores, formas e materiais para criar objetos que sejam visualmente atraentes e transmitam uma mensagem;
  • Sustentabilidade: o design de produto busca minimizar o impacto ambiental dos objetos, utilizando materiais reciclados, reduzindo o consumo de energia e otimizando a produção.

Com o avanço da tecnologia, o design de produto se expandiu para novos horizontes. Hoje, o design de produto também é responsável pela criação de interfaces de usuário para softwares, aplicativos mobile e plataformas online. Ele impacta a vida das pessoas de diversas maneiras:

  • Melhora a qualidade de vida: os produtos bem projetados facilitam o dia a dia, proporcionando mais conforto, segurança e eficiência;
  • Estimula a economia: o design de produto é um importante fator de competitividade para as empresas, pois ajuda a criar produtos inovadores e desejáveis;
  • Promove a sustentabilidade: o design de produto pode contribuir para a preservação do meio ambiente, utilizando materiais ecológicos e reduzindo o impacto ambiental dos produtos.

O design de produto é uma área dinâmica e em constante evolução. Novas tecnologias, materiais e necessidades dos usuários surgem constantemente, desafiando os designers a criarem soluções inovadoras e eficientes.

Conceito de design de interação (UI Design)

O design é uma área ampla e fascinante que permeia diversos aspectos da nossa vida. Quando falamos do conceito de design, muitas vezes nos limitamos a pensar na estética visual de um objeto, mas sua função vai muito além disso. O design é responsável por criar soluções inteligentes e funcionais, pensadas para facilitar nossa interação com os produtos e serviços ao nosso redor.

Um dos ramos do design que exemplifica bem essa ideia é o design de interação. Ele se aproxima do design de produto, porém é mais específico, focando nas interações entre o usuário e as funcionalidades do produto. O objetivo é criar interfaces intuitivas, que tornem a experiência do usuário mais fácil e agradável.

Um exemplo muito conhecido de design de interação é o Material Design, uma diretriz desenvolvida pelo Google para orientar as interações dos usuários com seus produtos em diferentes dispositivos. O Material Design busca unificar a experiência do usuário, garantindo que as interações sejam consistentes e eficientes.

O design de interação está bem próximo ao de produto, porém, é um pouco mais específico. Depois das funcionalidades do produto criadas é preciso pensar em como as interações do usuário com essas funções podem ser as mais intuitivas possível, tornando a sua experiência de uso mais fácil e agradável.

Agora que entendemos melhor o conceito de design e suas diferentes áreas de atuação, é interessante refletir sobre como o design está presente em nosso dia a dia. Afinal, boa parte das coisas que usamos diariamente foram projetadas pensando em nossa experiência como usuários. Que tal compartilhar nos comentários como você reconhece a presença do design na sua vida?

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